Neste dia, desespero-me
Pensando nas coisas que não fiz e que não tenho
O desespero é sempre pela falta? Nesse caso sim
Mas
O melhor que eu descobri (apenas ano passado) é que há com quem contar
Também o que fazer para viver de forma tolerável as situações incontroláveis
Há de ter solução para a perda que sofro
E um dia quem sabe voltarei a sentir conforto e estabilidade
Mas agora é o risco que me mantém, então que ele seja aproveitado enfim
E que outras coisas apareçam no fundo dessa relação de ambivalência
Vem caos, chega bem pertinho que faz tempo que minha arte depende de ti
E eu sinto sede de criar
A desorganização que existe é você, então somos um e aceito sua profusão
Não fujo mais. Quero te curtir, mesmo ainda tentando te organizar - no fundo eu sei que não será atingido pela pequenez das minhas respostas, e elas são apenas uma tola tentativa em controlar o inevitável.
Faço então o que posso com você, tempo.
E espero que seja uma boa lembrança olhar para mim
Por aqui, sinto que ainda há muito o que ser feito
Só me dê mais um pouco de ti, que sigo tentando me manter
Melhor assim.
11.04.2022
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