quarta-feira, 18 de maio de 2022

Abandonos

Este ano permiti entrar em questões que evitava tocar. 
Tinha medo de não ser aquilo que pretendia e preferia me recolher. 
Este ano, em meio a todas as limitações que fui e fomos empurrados, fiz questão de escolher a arte, e assim entendi que havia desistido de coisas importantes. Aprendi então que abandonar parece cruel, mas há nisso a beleza de aceitar a nossa humanidade e abraçar as imperfeições que tanto podem trazer culpa e magoar. Abandonei a necessidade de ser perfeita e isso me deu a liberdade para ser ajudada e amada. Não é fácil perceber que os valores mudaram, mas acolher a mudança é o que nos permite ser quem somos, e não há sensação mais agradável que a de amar a si mesmo. Obrigada a todos que, provocando dor ou cuidado me permitiram chegar aqui. Arte salva. 

18/12/2022

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