sábado, 24 de novembro de 2012

[...] Sobre [...]

Sabe,


e quando fica desinteressante?

[...]

Escrever, Ler, Viver, Estar, Pensar, Dançar, Ouvir, Comer. Fazer aquilo que se ama, sem a mesma ternura de outrora..
Como é a vida, se não uma compilação de coisas a fazer?

Pois sendo assim, para quê manter as mesmas configurações. DesFAZER de atitudes é deveras complexo. DesAMAR é deveras doído. DesATAR é deveras chato.
- Abandonar a nossa zona de prazer não é nada fácil, diria alguém. Concordar com esta frase é simples. Está na zona. Os reflexos egóicos presentes permanecem. PREVALECEM.

[...]

Queria dar-te muito mais palavras, mas na imensidão de possibilidades do hoje, me contento em deixar para amanhã um pouco mais do seu [tão meu] desejo de mais.
 Quem sabe a morte me escute, me acalme e diga [com suavidade característica de quem tem todo o tempo para si] que "ainda não...".

BOA VIDA, BOA QUASE-MORTE!
Camila O.

sábado, 27 de outubro de 2012

" A reflexão sobre o dar"

Estes dias uma pessoa falava, não sei se uma psicologa ou biomédica  ....mas exercia a função de docência. Argumentou sobre algumas lições para que as pessoas evitem a depressão, um dos aspectos foi o valor de DAR. Foi neste instante que me atentei... todas as pessoas dão... temos por sina conjugar o verbo dar em todos os pronomes pessoais... todas as posições possíveis ... lugares inusitados... [sendo que anteriormente era infinitivo] ... pois quem dá, dá a alguém?... consequentemente alguém recebeu?... após breve reflexões...esfoliações... e delírios introspectivos... chego a conclusão que se dá todo instante... só cessa-se de dar ao momento que morre... pois cessa-se a angustia de estar a viver... e logo o que é da terra nada a de comer... a terra nunca foi puritana? quer dizer que ela come a todos? Meu Deus ...!

Poesia de José Arnaldo Pereira intitulada " A reflexão sobre o dar"

Ora, para quê títulos?


E tem sempre aquele dia. Você também o conhece. Em que não importam saudações e conversas. Em que o sol pode estar pairando, ou a chuva presente para seu deleite. Me importo com estes. Curto cada instante de desmotivação. Bucolismo e blá blá blá. Não ligo. Tenho minha relação com os dias de maneira singela e eficaz. Sinto. Choro com eles. Não por, COM. Pois sendo para mim, o universo inteiro sente. E quem mais importa?

A crescente preocupação em despreocupar do que me atrai sempre o pensamento DESgasta. "DESforma". Me enche de uma ânsia... "análoga à que se escapa da boca de um cardíaco". As coisas vivas tem este efeito. Elas são providas de morte. Elas sim morrem. O que está posto não muda. O que está aí, perece.
Para quê se importar em seguir tendências que me levam ao tão somente vazio?! Se quero particularidades também, atento aos menores. São sUPer.

I could be wrong I cold be right...  You're so bitter, so bitter and so sweet...

Ei, deixe seus grilos cantarem à vida!

Afinal, você tem ? 

BOA MORTE!
 - Camila O.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Atrasada




Eu não corroborei com tua alegria forjada.
Eu não poderia abrir mão do que me fazia sentir menos rasa: o pessimismo.
Conferia-me alguma profundidade e parco merecimento, aquela tristeza idealizada.
Eu não vi o teu abraço, tampouco teu cheiro vi beijar-me.
Sua dor era muito real pra esta fingidora.
Não sei se meu eu poderia sê-lo contigo, sendo este tão feliz quanto você desesperadamente tentava.
Hoje eu gostaria de engendrar uma “nossa felicidade”, se você me visse até te convidaria pra fazê-la comigo.
Mas, eu nunca estive com você.


A fênix que você quer tatuar vai te ter como símbolo de renascimento.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

...e fisga



Eu sinto a dor e é agora. Eu sinto a dor. E é agora. É agora e eu sinto a dor. E agora. E a dor me adora.

O que aperta é tão pequeno e faz tão grande o existir. Ou será que é tão grande e me 
encolhe o existir? Me encolhe, no existir. Me encolho no existir. 
EXisto. ENCOLHO-ME, expando-me. exISTO.

Sai. Sai! Sai. E entra. Então não sai. Então, não sai?
Então sai? Então entra!

O SUSPIRO é a fadiga no meu olhar morto dentro dos braços lentos. O suspiro e a fadiga. 
O suspiro É A FADIGA. A fadiga suspira? O suspiro suspira, e se CALa. E a dor é agOra..


e fisga

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Enquanto eu nao volto

Um olhar se foi...
Um sorriso se foi...
Tudo que criou, nada restou.
Porque vc levou consigo.
As coisas concretas, bélicas .... quentes...
Os abrigos lascivos...
As vozes tremulas...
O corpo lubrificado...
E se foi... indo.. partiu...
o que era inteiro...
Ergueu-se em fração...
E assim começou:
a olhar sem vida,
sorrir sem motivos.
Emoldurar-se nas teias de aranha do vazio.
Cristalizou-se na ausência.
Enraizou-se no frio.
Existiu na morte...
PAROU... esperando que o si mesmo volta-se.








segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Não se preocupe. É apenas a doce morte.

Caminhos são coisas complicadas, feitos de passagens e revelações. Sempre encontramos uma nova pedra, uma nova flor (o que dá no mesmo, só depende da percepção de quem observa), uma nova mudança de sentido em meio à inquietude da igualdade humana. E que condição. HUMANA.

E exaptada a emoção, eu deixei de acreditar nas convenções que sempre são lindas e encantadoras, para perceber que sempre se é magnífico e emocionante. O que varia, invariavelmente, é a narrativa.

O perdão, com o poder que tem de curar quem sente, tem como antagonista o ódio. Sendo este uma navalha rija e de gume torto, que não é antes uma arma a um martírio. 

A alternatividade virou modinha e todos querem ser diferentes. Alguns o são de verdade, e não acho defeito nisso. Mas a banalização do original dá dó. A falta de paixão com que as pessoas tratam temas tão puros e verdadeiros... Hoje todo mundo é poeta, todo mundo lê tudo que é filósofo e blá blá blá. O que incomoda é que não há um senso crítico de nada, se perder numa falácia sem sentido é muito tambor.

A caminho do amor, tantos não exilaram. A caminho da dor, tantos aquietaram-se. A caminho da morte, tantos embriagaram-se. A caminho do caminho, tantos desocuparam-se.
A caminho de ser caminho, vamos nos entregando sem direção nessa corja do destino, em que as impressões, formam as imagens ilusórias para a falta de atenção. Alienação. Convulsão. Considerar o outro. Definir o onde. Por isto. Pior que lá. Vamos nos encontrar, mesmo aqui, só depois da morte filosófica. Paciência. Inquietude. DesVirtude. Palavras... Achismos. Meus. Morte e morte encontradas. Sempre é só uma esperança imóvel, que percorre todo o tempo. Doce.

Boa morte. Boa vida!
- Camila O.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Que arder em brasa é vontade.

"Você sacou a minha esquizofrenia, e maneirou na condução."
Eu ainda vou dançar com você pra ver o que é que vai sair...

Estar ou não ficando (ou é se percebendo) - ? Não é um processo perceptível rapidamente a quem vive. As mudanças vão lentamente corroendo tudo aquilo que se quer manter. Tudo o que acaba sendo destruído é o que juramos nunca abandonar "por mais que..."

Porquê utilizam estas pinturas no rosto, o que pretendem esconder? A desvirtude de não ter vivido sim é coisa de envergonhar-se. As cicatrizes são as marcas de quem foi. Se arriscou por alguma coisa na qual acreditava. E eu tenho tanto...

Uma ambrosia (que tristemente não tem a ver com ambos), é tão ambivalente.

Antes que ao mundo venham mais dessas obras de "horror" que a (quanti)qualificação do sem graça. Sim, eu por vezes escondo... Acho estranho... (Isto é de todo anormal?) Mas, sempre me imponho o pensamento de que EU posso não achar (Sim, se você não entendeu: eu culpei a sociedade!). Que menosprezar a indelicadeza é tão mais sutil. Que manchar a boca com o suor é tão vulgar. Que arder em brasa é vontade. Que solicitar com voz trêmula é desespero. NÃO. O que não deve ser desfeito é aquilo que sempre nos incomoda. Já se questionou sobre? Pois a nossa elaboração não teve audácia de, absorto em lugar nenhum, se prender ao essencial.

Firmar um argumento é tão necessário. Tão delicioso. Tão perigoso. As pessoas não entendem que você pode mudá-lo posteriormente... Pode ser que pó de ser pode existir ao contrário.

Me disseram: "A gente cobra dos outros, a vida cobra da gente... Vira tudo cobra!"

A palavra não dita é aquela que sempre me perturba.

Para os mais desavisados, a verdade é  uma falácia inócua de desvios. Escorrem-se os leitos, os cabelos e os afetos. Também os fetos, indelicadamente pelas províncias que pronunciam mais e mais a calamidade contra os míseros animais.

 E hoje eu queria ser um elefante gordinho!

Boa vida.
- Camila O.






sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ok. Mas não venha com pretensões!


E como lidar com perdas? Como lidar com frustrações? Como não desejar a morte? Como não precisar desejá-la? Como fazer quando não há o que fazer? Como lidar com a dúvida? Como lidar com o inexplicável? Como? rrrrrrrrrrrrrrrrrrgggh! "Acho", "só acho"... que não poderei achar explicações plausíveis...
“Eu queria tanto que você não fugisse de mim. Mas se fosse eu, eu fugia!” (Macaé)
Escrevo este por dois míseros motivos. Tão disparos, mas tão comuns... não relato nenhum, quem me conhece sabe ao menos sobre um deles! Só digo que passo por eles quase em mesmo nível... Mas não confunda a intensidade com a demora, pois um problema é recorrente (isto eu tento me explicar) o outro não deixa de ser petulante. Enfim, desejo a todos boas vibrações! E me desejem também (pois o que não é desejado, não se aproveita _ e não sei de onde “veio” isto), seus egoístas!
Kkkk, meu motivo é fútil. Já deixei claro. Então não reclamem das minhas abobrinhas. Discuti-la aceito de bom grado, esclareço tudo o que conseguir. Mas não me importo se você não compreende. É, eu consigo deixar os textos um lixo! Você se importa? Simples, não me leia mais! ;D
E se eu te chamar pra jogar uma bomba na alma?
Boa vida!
- Camila O.

sábado, 18 de agosto de 2012

Ahh, passarinhos...


Ok. Meu motivo é egoísta. Porque não haveria de ser? O de todos é egoísta. Li certa vez que fazer o bem ao outro é uma questão egoísta, concordo. Já que quando o faço me livro daquilo que me incomodava. Não espero sua aprovação. Isso é demais. Nem exijo isso de mim, imagine de outrem...

Agora eu tenho um filho pra criar. Ele está me arranhando porque dou mais atenção neste mísero momento ao computador. Vou mimá-lo. Mas, não façam isso com os seus. Eles podem ser petulantes em demasia quando ignorados por 3 minutos...
Boa vida.
- Camila O.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ei, moça do cabelo negro flutuante!


Apareceu-me em um delírio dizendo não acreditar em minha insanidade.
Retruquei-te em mim: Diz isto porque é mais insana, tanto que não aceita o frescor da chuva química sobre suas orelhas!
Há pouco meus dedos derramaram essa poça vermelha de razão sobre esse papel. (Você vê a poça e o papel aqui, eu sei que sim, pois eu também vejo, não me nego mais).
Por que só você?
Dizendo eu te amo, mandavam-me a caminho do rochedo mais alto da ilha, o lugar de maior proteção, onde eu seria suprema e inalcançável para qualquer um dos medos que mutilavam toda a carne pulsante do vale.
Desejei mastigar, lentamente, cada medo.
_Uma prova de loucura! _Gritaram os que me amavam em minha previsão.
Tive os olhos substituídos por pregas vocais:_ De fato é um serviço para loucos!
_Talvez para loucos. Certamente para você. Proteja-se junto à miséria e não seja comida de medo ou faça dele sua refeição. Existem próteses pras partes que ele arrancar. _Você me fitava.

Ainda bem, não?

Sempre. E ainda faço. Eu me culpo, me julgo, me vingo, me culpo, me mato, me odeio, me culpo. E sabe que aprender a me culpar assim me serviu para mais facilmente reconhecer que eu não sou mesmo a boazinha... É, eu sou o monstrinho que eu sempre temi me tornar. Sou a anti-social, que despreza as pessoas e não liga (aparentemente) se elas são recíprocas com a negatividade. É um jogo de falsidade encoberto das duas partes. Sim, eu já não carrego tudo comigo. Apontar o dedo é fácil, e eu demorei a aprender...
Suponho que nem todos concordem ou acreditem nisso. O crivo é sempre mera "individualidade" mesmo! Quem importa?
Pensei em terminar este falando algo "bonzinho" de mim, ou das pessoas. Mudei de ideia. Vou encerrar aqui mesmo, deixando a "interminada" conclusão.
Se te apresenta que carrego maldades como troféus... Maldades talvez. As coisas ruins, abomino. O que não me impede de carrega-lás!
Passar bem.
- Camila O.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Estrelas, meras angústias

Sempre fui uma admiradora de estrelas. Sempre. Agora a desculpa da falta de tempo, e os prédios que cercam a minha casa, me impossibilitam de contemplar como outrora tamanha sutileza de imensidão. Se o que eu digo não lhe faz sentido, para de ler, vai à tua porta, varanda, janela... e contemple a beleza das estrelas esta noite! Se és amante delas, repara que estamos como elas, que na imensidão de vazio entre dois, há a ilusão de que majestosamente dançam (ou se concordam)!
Com uma dose de permissão e vontade, a frívola atitude tem forte capacidade de despertar as angústias mais desejosas.
Boa noite.
- Camila O.

Iniciação!


Olá.
Partindo para o meu desabafo inicial... Confesso que li assiduamente pouquíssimos blogs. Talvez dedique um pouco mais do meu tempo a esta tarefa. Mas, não é um compromisso. 
A vontade (de criação e permanência) não é recente... Cheguei a abrir um com uma amiga de ensino médio, mas o pobre só rendeu uma postagem! Depois planejei a atividade com uma amiga de faculdade, e este também não saiu do mundo das ideias... Por isto que, a que vos apresenta, tendo uma certa paixãozinha pelo materialismo-histórico-dialético do Marx, resolveu criar o blog sem hesitar assim que o pensamento passou-lhe pela cabeça. O nome seria um problema, se não o transtorno que sucedeu a escrita desta postagem. Ao dar início no procedimento de criação deste, eis que o Google+ me vem com a questão do anonimato. Eu desejaria ou não manter minha conta de e-mail conectada ao serviço? Meu ímpeto de aceitar a tentadora proposta de um pseudônimo foi forte! Mas sempre que uso um serviço que não tem meu nome, minha identidade real, logo abandono, perco a graça em expor-me sem o que mais quer um ser humano na vida: reconhecimento! Não sou uma pessoa muito popular, nem beiro ou desejo isto. Mas. A palavra reconhecimento é o que fomenta toda mísera discussão, é o que está por trás de muito comportamento desajustado (se não todo) é aquilo que move o ser-em-si à melhoria e a busca individual de satisfação! Maslow já dizia que para alcançá-la (auto-satisfação) era necessário o reconhecimento (tanto pessoal, quanto intrapessoal). Voltando ao nome do blog, a minha inútil mudança de hoje é a de me assumir! Principalmente, este meu desejo pelo reconhecimento. Iniciar, mudar e assumir!
Obrigada e uma, boa noite! 
 - Camila O.