Um olhar se foi...
Um sorriso se foi...
Tudo que criou, nada restou.
Porque vc levou consigo.
As coisas concretas, bélicas .... quentes...
Os abrigos lascivos...
As vozes tremulas...
O corpo lubrificado...
E se foi... indo.. partiu...
o que era inteiro...
Ergueu-se em fração...
E assim começou:
a olhar sem vida,
sorrir sem motivos.
Emoldurar-se nas teias de aranha do vazio.
Cristalizou-se na ausência.
Enraizou-se no frio.
Existiu na morte...
PAROU... esperando que o si mesmo volta-se.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Enquanto eu nao volto
Postado por
Zé Pereira/José Arnaldo Pereira/Zéarnaldo/ (...) /ouuu / sem nome
às
16:47
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Nascido em Goiânia, Goiás – Brasil. Está artista multiverso que tenciona a interface entre culturas, as tecnologias, juntamente as artes da cena: teatro, dança e performance artística. Expressando-se em discursos: imagéticos, videográficos, escritos, falados e performáticos/performativos. Com uma postura política problematizadora, complexa e socio-histórica construída. Psicólogo (PUC-GO), com estudos em Gênero, Cidadania e Direitos Humanos (Universidad del Norte- Chile).Técnico em Artes Dramáticas (ITEGO) e Interpretação Teatral. Graduando em Dança (UFG). Integrante da Cia. Novo Ato e do Núcleo de Artes Indisciplinadas: ENTRE[COR-pós]. Realiza performances que discutem: modos de afetividade, pessoalidadeS, politicaS, gêneroS, diversidadeS, espaços urbanos, e posicionamentoS/identidadeS. Realizou os espetáculos: Insonia, As Corvas, Obrigado e Multitud.
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
Não se preocupe. É apenas a doce morte.
Caminhos são coisas complicadas, feitos de passagens e revelações. Sempre encontramos uma nova pedra, uma nova flor (o que dá no mesmo, só depende da percepção de quem observa), uma nova mudança de sentido em meio à inquietude da igualdade humana. E que condição. HUMANA.
E exaptada a emoção, eu deixei de acreditar nas convenções que sempre são lindas e encantadoras, para perceber que sempre se é magnífico e emocionante. O que varia, invariavelmente, é a narrativa.
O perdão, com o poder que tem de curar quem sente, tem como antagonista o ódio. Sendo este uma navalha rija e de gume torto, que não é antes uma arma a um martírio.
A alternatividade virou modinha e todos querem ser diferentes. Alguns o são de verdade, e não acho defeito nisso. Mas a banalização do original dá dó. A falta de paixão com que as pessoas tratam temas tão puros e verdadeiros... Hoje todo mundo é poeta, todo mundo lê tudo que é filósofo e blá blá blá. O que incomoda é que não há um senso crítico de nada, se perder numa falácia sem sentido é muito tambor.
A caminho do amor, tantos não exilaram. A caminho da dor, tantos aquietaram-se. A caminho da morte, tantos embriagaram-se. A caminho do caminho, tantos desocuparam-se.
A caminho de ser caminho, vamos nos entregando sem direção nessa corja do destino, em que as impressões, formam as imagens ilusórias para a falta de atenção. Alienação. Convulsão. Considerar o outro. Definir o onde. Por isto. Pior que lá. Vamos nos encontrar, mesmo aqui, só depois da morte filosófica. Paciência. Inquietude. DesVirtude. Palavras... Achismos. Meus. Morte e morte encontradas. Sempre é só uma esperança imóvel, que percorre todo o tempo. Doce.
Boa morte. Boa vida!
- Camila O.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Que arder em brasa é vontade.
"Você sacou a minha esquizofrenia, e maneirou na condução."
Eu ainda vou dançar com você pra ver o que é que vai sair...
Estar ou não ficando (ou é se percebendo) - ? Não é um processo perceptível rapidamente a quem vive. As mudanças vão lentamente corroendo tudo aquilo que se quer manter. Tudo o que acaba sendo destruído é o que juramos nunca abandonar "por mais que..."
Porquê utilizam estas pinturas no rosto, o que pretendem esconder? A desvirtude de não ter vivido sim é coisa de envergonhar-se. As cicatrizes são as marcas de quem foi. Se arriscou por alguma coisa na qual acreditava. E eu tenho tanto...
Uma ambrosia (que tristemente não tem a ver com ambos), é tão ambivalente.
Antes que ao mundo venham mais dessas obras de "horror" que a (quanti)qualificação do sem graça. Sim, eu por vezes escondo... Acho estranho... (Isto é de todo anormal?) Mas, sempre me imponho o pensamento de que EU posso não achar (Sim, se você não entendeu: eu culpei a sociedade!). Que menosprezar a indelicadeza é tão mais sutil. Que manchar a boca com o suor é tão vulgar. Que arder em brasa é vontade. Que solicitar com voz trêmula é desespero. NÃO. O que não deve ser desfeito é aquilo que sempre nos incomoda. Já se questionou sobre? Pois a nossa elaboração não teve audácia de, absorto em lugar nenhum, se prender ao essencial.
Firmar um argumento é tão necessário. Tão delicioso. Tão perigoso. As pessoas não entendem que você pode mudá-lo posteriormente... Pode ser que pó de ser pode existir ao contrário.
Me disseram: "A gente cobra dos outros, a vida cobra da gente... Vira tudo cobra!"
A palavra não dita é aquela que sempre me perturba.
Para os mais desavisados, a verdade é uma falácia inócua de desvios. Escorrem-se os leitos, os cabelos e os afetos. Também os fetos, indelicadamente pelas províncias que pronunciam mais e mais a calamidade contra os míseros animais.
E hoje eu queria ser um elefante gordinho!
Boa vida.
- Camila O.
Eu ainda vou dançar com você pra ver o que é que vai sair...
Estar ou não ficando (ou é se percebendo) - ? Não é um processo perceptível rapidamente a quem vive. As mudanças vão lentamente corroendo tudo aquilo que se quer manter. Tudo o que acaba sendo destruído é o que juramos nunca abandonar "por mais que..."
Porquê utilizam estas pinturas no rosto, o que pretendem esconder? A desvirtude de não ter vivido sim é coisa de envergonhar-se. As cicatrizes são as marcas de quem foi. Se arriscou por alguma coisa na qual acreditava. E eu tenho tanto...
Uma ambrosia (que tristemente não tem a ver com ambos), é tão ambivalente.
Antes que ao mundo venham mais dessas obras de "horror" que a (quanti)qualificação do sem graça. Sim, eu por vezes escondo... Acho estranho... (Isto é de todo anormal?) Mas, sempre me imponho o pensamento de que EU posso não achar (Sim, se você não entendeu: eu culpei a sociedade!). Que menosprezar a indelicadeza é tão mais sutil. Que manchar a boca com o suor é tão vulgar. Que arder em brasa é vontade. Que solicitar com voz trêmula é desespero. NÃO. O que não deve ser desfeito é aquilo que sempre nos incomoda. Já se questionou sobre? Pois a nossa elaboração não teve audácia de, absorto em lugar nenhum, se prender ao essencial.
Firmar um argumento é tão necessário. Tão delicioso. Tão perigoso. As pessoas não entendem que você pode mudá-lo posteriormente... Pode ser que pó de ser pode existir ao contrário.
Me disseram: "A gente cobra dos outros, a vida cobra da gente... Vira tudo cobra!"
A palavra não dita é aquela que sempre me perturba.
Para os mais desavisados, a verdade é uma falácia inócua de desvios. Escorrem-se os leitos, os cabelos e os afetos. Também os fetos, indelicadamente pelas províncias que pronunciam mais e mais a calamidade contra os míseros animais.
E hoje eu queria ser um elefante gordinho!
Boa vida.
- Camila O.
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