terça-feira, 25 de setembro de 2012

Enquanto eu nao volto

Um olhar se foi...
Um sorriso se foi...
Tudo que criou, nada restou.
Porque vc levou consigo.
As coisas concretas, bélicas .... quentes...
Os abrigos lascivos...
As vozes tremulas...
O corpo lubrificado...
E se foi... indo.. partiu...
o que era inteiro...
Ergueu-se em fração...
E assim começou:
a olhar sem vida,
sorrir sem motivos.
Emoldurar-se nas teias de aranha do vazio.
Cristalizou-se na ausência.
Enraizou-se no frio.
Existiu na morte...
PAROU... esperando que o si mesmo volta-se.








segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Não se preocupe. É apenas a doce morte.

Caminhos são coisas complicadas, feitos de passagens e revelações. Sempre encontramos uma nova pedra, uma nova flor (o que dá no mesmo, só depende da percepção de quem observa), uma nova mudança de sentido em meio à inquietude da igualdade humana. E que condição. HUMANA.

E exaptada a emoção, eu deixei de acreditar nas convenções que sempre são lindas e encantadoras, para perceber que sempre se é magnífico e emocionante. O que varia, invariavelmente, é a narrativa.

O perdão, com o poder que tem de curar quem sente, tem como antagonista o ódio. Sendo este uma navalha rija e de gume torto, que não é antes uma arma a um martírio. 

A alternatividade virou modinha e todos querem ser diferentes. Alguns o são de verdade, e não acho defeito nisso. Mas a banalização do original dá dó. A falta de paixão com que as pessoas tratam temas tão puros e verdadeiros... Hoje todo mundo é poeta, todo mundo lê tudo que é filósofo e blá blá blá. O que incomoda é que não há um senso crítico de nada, se perder numa falácia sem sentido é muito tambor.

A caminho do amor, tantos não exilaram. A caminho da dor, tantos aquietaram-se. A caminho da morte, tantos embriagaram-se. A caminho do caminho, tantos desocuparam-se.
A caminho de ser caminho, vamos nos entregando sem direção nessa corja do destino, em que as impressões, formam as imagens ilusórias para a falta de atenção. Alienação. Convulsão. Considerar o outro. Definir o onde. Por isto. Pior que lá. Vamos nos encontrar, mesmo aqui, só depois da morte filosófica. Paciência. Inquietude. DesVirtude. Palavras... Achismos. Meus. Morte e morte encontradas. Sempre é só uma esperança imóvel, que percorre todo o tempo. Doce.

Boa morte. Boa vida!
- Camila O.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Que arder em brasa é vontade.

"Você sacou a minha esquizofrenia, e maneirou na condução."
Eu ainda vou dançar com você pra ver o que é que vai sair...

Estar ou não ficando (ou é se percebendo) - ? Não é um processo perceptível rapidamente a quem vive. As mudanças vão lentamente corroendo tudo aquilo que se quer manter. Tudo o que acaba sendo destruído é o que juramos nunca abandonar "por mais que..."

Porquê utilizam estas pinturas no rosto, o que pretendem esconder? A desvirtude de não ter vivido sim é coisa de envergonhar-se. As cicatrizes são as marcas de quem foi. Se arriscou por alguma coisa na qual acreditava. E eu tenho tanto...

Uma ambrosia (que tristemente não tem a ver com ambos), é tão ambivalente.

Antes que ao mundo venham mais dessas obras de "horror" que a (quanti)qualificação do sem graça. Sim, eu por vezes escondo... Acho estranho... (Isto é de todo anormal?) Mas, sempre me imponho o pensamento de que EU posso não achar (Sim, se você não entendeu: eu culpei a sociedade!). Que menosprezar a indelicadeza é tão mais sutil. Que manchar a boca com o suor é tão vulgar. Que arder em brasa é vontade. Que solicitar com voz trêmula é desespero. NÃO. O que não deve ser desfeito é aquilo que sempre nos incomoda. Já se questionou sobre? Pois a nossa elaboração não teve audácia de, absorto em lugar nenhum, se prender ao essencial.

Firmar um argumento é tão necessário. Tão delicioso. Tão perigoso. As pessoas não entendem que você pode mudá-lo posteriormente... Pode ser que pó de ser pode existir ao contrário.

Me disseram: "A gente cobra dos outros, a vida cobra da gente... Vira tudo cobra!"

A palavra não dita é aquela que sempre me perturba.

Para os mais desavisados, a verdade é  uma falácia inócua de desvios. Escorrem-se os leitos, os cabelos e os afetos. Também os fetos, indelicadamente pelas províncias que pronunciam mais e mais a calamidade contra os míseros animais.

 E hoje eu queria ser um elefante gordinho!

Boa vida.
- Camila O.